sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Projeto Literatura Infantil e Medicina Pediátrica é Top Cidadania

O projeto Literatura Infantil e Medicina Pediátrica: Uma Aproximação de Integração Humana, do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade, recebeu na noite de quarta-feira o Prêmio Top Cidadania 2011 na categoria Instituições Sem Fins Lucrativos. A premiação, promovida pela ABRH-RS, destaca exemplos de gestão voltados à valorização das pessoas e ocorreu no Grêmio Náutico União. O Reitor, Joaquim Clotet, esteve na cerimônia, que contou ainda com a presença da pró-reitora de Graduação e idealizadora do projeto, Solange Medina Ketzer, do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Jorge Audy, da pró-reitora de Assuntos Comunitários, Jacqueline Moreira, do diretor da Biblioteca Central Irmão José Otão, César Mazzillo e outros integrantes do projeto.

Criado em 1997, propicia um ambiente lúdico às crianças internadas na Pediatria do HSL a partir da narração de histórias por alunos bolsistas de iniciação científica, graduandos em Letras e voluntários de diferentes cursos. A iniciativa conta com a Biblioteca Infanto-Juvenil da Internação Pediátrica, com 2,8 mil títulos, e com a Feira do Livro Infantil, promovida desde 2004 no Hospital. "O sorriso de uma criança durante a narração de uma história, a alegria contagiante de familiares que as acompanham, a possibilidade de aliviar as tensões próprias de um quadro clínico difícil de enfrentar, ou mesmo de uma realidade incompreensível à criança são a melhor expressão do valor do projeto", destaca Solange.





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Hora de relaxar

Neste ano a ADPPUCRS lançou seu projeto piloto na Feira das Profissões. Com o objetivo de estar próxima de seus sócios, que participariam da Feira, e proporcionar-lhes um espaço para descanso, descontração e relaxamento, a Associação instalou-se na sala Vip do prédio 40.  Com exposição de produtos da EDIPUCRS, café, refrigerantes e lanche, no final da tarde os sócios eram agraciados por sessões de massagem relaxante. 














Feira das Profissões termina com mais de 22 mil visitantes

Terminou na noite desta sexta-feira, 23 de setembro, a 7ª Feira das Profissões da PUCRS, com público recorde de mais de 22 mil visitantes e a participação de centenas de escolas públicas e privadas da Capital, região metropolitana e interior do Estado, além do público em geral. Para a coordenadora de relacionamento institucional da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (Prac), Maria Helena de Oliveira, o evento superou as expectativas. "Além de alunos de instituições de ensino, notamos neste ano a participação de muitas pessoas da comunidade que souberam pela mídia e vieram até à PUCRS conhecer e prestigiar", contou. Segundo a organização, 209 ônibus trouxeram estudantes para a Feira e mais de 2 mil professores e funcionários da Universidade se envolveram na recepção aos visitantes.

Nesta edição a PUCRS propôs o conceito Construa o seu Caminho. O cubo de Rubik, também conhecido como cubo mágico, foi utilizado como exemplo de que uma trajetória profissional pode ser construída e desconstruída diversas vezes. Foram distribuídos na entrada cubos de Rubik e materiais informativos sobre os 48 cursos de graduação oferecidos. Na quinta-feira ocorreu o Simulado, com cerca de 2 mil participantes que testaram seus conhecimentos para o Vestibular de Verão 2012.

Fonte: ASCOM PUCRS
Fotos: divulgação




Programa de bolsas de iniciação será avaliado por coordenadores

Terá início nesta terça-feira, 27, em Brasília, o 2º Encontro de Coordenadores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). O ministro da Educação, Fernando Haddad, participará da abertura, às 9h. Cerca de 200 profissionais estarão reunidos até quinta-feira, 27, na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O encontro, que integra as comemorações dos 60 anos da Capes, prevê a troca de experiências entre as instituições de educação superior envolvidas no programa, a avaliação dos resultados por ele alcançados e a discussão de propostas que ajudem a melhorar sua gestão. Surgido como proposta de valorização dos futuros professores durante o processo de formação, o programa visa ao aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e a qualidade da educação pública brasileira. A meta para 2012 é chegar a 45 mil bolsistas.

O Pibid oferece bolsas de iniciação à docência a estudantes de cursos de licenciatura que desenvolvam atividades pedagógicas em escolas da rede pública de educação básica; a coordenadores institucionais que articulem e implementem o programa em universidades ou institutos federais de educação, ciência e tecnologia; a coordenadores de área envolvidos na orientação aos bolsistas e, ainda, a professores de escolas públicas responsáveis pela supervisão dos licenciandos.

A programação do 2º Encontro de Coordenadores Institucionais do Pibid está acessível na internet. Mais informações na página eletrônica da Capes, no endereço eletrônico pibid@capes.gov.br e pelo telefone (61) 2022-6563.


Assessoria de Imprensa da Capes

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Feira das Profissões

A ADPPUCRS estará presente na Feira das Profissões 2011. Com o objetivo de proporcionar momentos de lazer e descontração à seus sócios, a Associação estará instalada na sala VIP do prédio 41, nos dias 22 e 23 de setembro.

No ambiente, estarão expostas obras de autoria da professora Helenita Franco e produtos da Linha Eco da EDIPUCRS. 

Além da distribuição de brindes, no período das 18h às 20h, serão oferecidas sessões de massagem relaxante. 

Venha visitar a ADPPUCRS!

Acervo de Caio Fernando Abreu em exposição



O Delfos - Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS recebeu novos originais para compor o acervo de Caio Fernando Abreu. A doação de cartas e dos datiloscritos do primeiro romance do escritor, Limite Branco, foi realizada por uma amiga de Caio, a carioca Vera Antoun. Entre 1973 e 1975, ele escreveu para Vera cartas de diversos lugares do mundo onde se encontrava. Ricas de relatos de experiências de vida, nelas, homem e escritor confundem-se em uma unidade que mescla ficção e realidade , criação literária e projeto de vida.

Até 22 de setembro, é possível visitar uma exposição sobre o autor, intitulada Uma vida, uma obra. A mostra está no saguão da Biblioteca.

Novo portal eletrônico reúne setor educacional do Mercosul

O Setor Educacional do Mercosul (SEM) tem um novo canal de comunicação, a página Mercosul Educacional.

O portal da internet se dedica aos temas educacionais do bloco para aumentar a comunicação, difundir conhecimento, informação e integrar o trabalho no âmbito do SEM.

O sítio é gerenciado pelo Comitê Gestor do Sistema de Informação e Comunicação (CGSIC), composto por representantes dos países membros e associados do Mercosul, que produz e administra as informações do Setor Educacional do Mercosul de acordo com as necessidades de suas distintas instâncias. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) produziu e hospeda a página.

O portal pode ser acessado em português, espanhol e inglês e foi produzido para atender tanto o público externo, quanto os participantes do SEM. Oferece acesso a documentos, fóruns de discussão, publicações e notícias sobre as atividades do grupo e dos órgãos superiores de educação dos países do Mercosul.

O Setor Educacional do Mercosul tem a missão de propiciar um espaço comum, por meio da coordenação de políticas que articulem a educação com o processo de integração do bloco, estimulando a mobilidade, o intercâmbio e a formação de uma identidade e cidadania regionais.

Acesse o portal: http://www.sic.inep.gov.br/

A Sociedade Líquida: entrevista com Zygmunt Bauman

Sociólogo polonês, Zygmunt Bauman é conhecido mundialmente por seu conceito de Modernidade líquida, em que as ideias de emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade estão propensas a mudar com rapidez e de forma imprevisível. 

Zygmunt Bauman enviou um vídeo para contribuir com o ciclo de palestras do  Fronteiras do Pensamento 2011. O conteúdo foi veiculado aos participantes nos dias 11 de julho (Porto Alegre) e 12 de julho (São Paulo). Conheça mais sobre a vida e a obra do pensador na entrevista concedida à Folha de S.Paulo.




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Um renomado periódico espanhol referiu-se recentemente a Zygmunt Bauman (1927) como um dos poucos sociólogos contemporâneos "nos quais ainda se encontram ideias". Opinião semelhante é frequentemente exposta por críticos de várias partes do mundo quando refletem sobre o pensamento desse intelectual polonês radicado na Inglaterra desde 1971 e empenhado, há meio século, em "traduzir o mundo em textos", como diz um deles. Indiferente às fronteiras disciplinares, Bauman é um dos líderes da chamada "sociologia humanística".

De um lado, não se encontram em suas obras abstrações ou análises e levantamentos estatísticos, e, de outro, são ali aproveitadas quaisquer ideias e abordagens que possam ajudá-lo na tarefa de compreender a complexidade e diversidade da vida humana. Essa é uma das razões pelas quais Bauman tem muito a dizer para uma gama de leitores muito maior do que normalmente se espera de um trabalho de sociologia mais convencional, o que condiz com suas próprias ambições de atingir um público composto de pessoas comuns "se esforçando por ser humanas" num mundo mais e mais desumano. Como ele gosta de insistir, seu objetivo é mostrar a seus leitores que o mundo pode ser diferente e melhor do que é.

Autor prolífico e de renome internacional, pode-se dizer que sua fama e prolixidade aumentaram significativamente após sua aposentadoria, em 1990: 16 de seus 25 livros foram publicados após essa data e cinco obras dedicadas ao estudo de seu pensamento foram escritas nos últimos anos.

Descrito certa vez como "profeta da pós-modernidade" (com o que não concorda), por suas reflexões sobre as condições do mundo da "modernidade líquida", os temas abordados por Bauman tendem a ser amplos, variados e especialmente focalizados na vida cotidiana dos homens e mulheres comuns. Holocausto, globalização, sociedade de consumo, amor, comunidade, individualidade são algumas das questões de que trata, sempre salientando a dimensão ética e humanitária que deve nortear tudo o que diz respeito à condição humana. Preocupado com a sina dos oprimidos, Bauman é uma das vozes a permanentemente questionar a ação dos governos neoliberais que dão amplo apoio às forças do mercado ao mesmo tempo em que abdicam da responsabilidade de promover a justiça social.

Nascido na Posnânia em 1925, Bauman escapou dos horrores do Holocausto que aguardavam os judeus poloneses na Segunda Guerra, ao fugir com sua família para a Rússia em 1939. De lá voltou após a guerra, quando se filiou ao Partido Comunista, estudou na Universidade de Varsóvia e conheceu Janina, com quem está casado há 55 anos e com quem teve três filhas: Anna (matemática), Lydia (pintora) e Irena (arquiteta).

Confiantes e animados pelo sonho de criar uma sociedade mais justa e igualitária, Zygmunt e Janina ali estiveram a construir suas carreiras (ele como professor da Universidade de Varsóvia e, ela, como editora de enredos cinematográficos) e criar sua família, até que uma nova onda de anti-semitismo e repressão esmagou os seus sonhos e os forçou ao exílio. Após três anos em Israel, o convite a Bauman para ser chefe do departamento de sociologia da Universidade de Leeds os trouxe à Inglaterra, onde permanecem até hoje.

Bauman recebeu o Mais! em Leeds, na confortável casa onde mora desde que ali chegou, há mais de 30 anos. "Naquela época achei a cidade horrível, imunda", me disse Janina, comentando a mudança que ocorreu nos últimos tempos e que transformou Leeds, de um sujo centro industrial, em uma cidade bonita, verdejante e cheia de vida.

Folha de S. Paulo: O senhor já foi descrito como um "profeta da pós-modernidade" e os termos "pós-moderno" e "pósmodernidade" aparecem em títulos de quatro de seus livros. Estaria sugerindo que ocorreu uma mudança cultural e social significativa na última geração suficientemente grande para que falemos de um novo período da história?

Zygmunt Bauman: Uma das razões pelas quais passei a falar em "modernidade líquida" em vez de "pós-modernidade" (meus trabalhos mais recentes evitam esse termo) é que fiquei cansado de tentar esclarecer uma confusão semântica que não distingue sociologia pós-moderna de sociologia da pós-modernidade, entre "pós-modernismo" e "pós-modernidade". No meu vocabulário, "pós-modernidade" significa uma sociedade (ou, se se prefere, um tipo de condição humana), enquanto que "pós-modernismo" se refere a uma visão de mundo que pode surgir, mas não necessariamente da condição pós-moderna.

Procurei sempre enfatizar que, do mesmo modo que ser um ornitólogo não significa ser um pássaro, ser um sociólogo da pós-modernidade não significa ser um pós-modernista, o que definitivamente não sou. Ser um pós-modernista significa ter uma ideologia, uma percepção do mundo, uma determinada hierarquia de valores que, entre outras coisas, descarta a ideia de um tipo de regulamentação normativa da comunidade humana e assume que todos os tipos de vida humana se equivalem, que todas as sociedades são igualmente boas ou más; enfim, uma ideologia que se recusa a fazer julgamentos e a debater seriamente questões relativas a modos de vida viciosos e virtuosos, pois, no limite, acredita que não há nada a ser debatido. Isso é pós-modernismo.

Mas sempre estive interessado na sociologia da pós-modernidade, meu tema tem sempre sido compreender esse tipo curioso e em muitos sentidos misterioso de sociedade que vem surgindo ao nosso redor; e a vejo como uma condição que ainda se mantém eminentemente moderna nas suas ambições e no seu "modus operandi" (ou seja, no seu esforço de modernização compulsiva, obsessiva), mas que se acha desprovida das antigas ilusões de que o fim da jornada estava logo adiante.

É nesse sentido que pós-modernidade é, para mim, modernidade sem ilusões. Diferentemente da sociedade moderna anterior, a que eu chamo de modernidade sólida, que também estava sempre a desmontar a realidade herdada, a de agora não o faz com uma perspectiva de longa duração, com a intenção de torná-la melhor e novamente sólida. Tudo está agora sempre a ser permanentemente desmontado, mas sem perspectiva de nenhuma permanência.

Tudo é temporário. É por isso que sugeri a metáfora da "liquidez" para caracterizar o estado da sociedade moderna, que, como os líquidos, se caracteriza por uma incapacidade de manter a forma. Nossas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de se solidificar em costumes, hábitos e verdades "auto-evidentes". É verdade que a vida moderna foi desde o início "desenraizadora" e "derretia os sólidos e profanava os sagrados", como os jovens Marx e Engels notaram. Mas, enquanto no passado isso se fazia para ser novamente "reenraizado", agora as coisas todas - empregos, relacionamentos, know-hows etc. - tendem a permanecer em fluxo, voláteis, desreguladas, flexíveis.

Como um exemplo dessa perspectiva, li, num dia desses, que um famoso arquiteto de Los Angeles estava se propondo a construir casas que permanecessem lindas "para sempre". Ao ser questionado sobre o que queria dizer com isso, ele teria respondido: até daqui a 20 anos! Isso é hoje "para sempre", grande duração. O que me interessa é, portanto, tentar compreender quais as consequências dessa situação para a lógica do indivíduo, para seu cotidiano. Virtualmente todos os aspectos da vida humana são afetados quando se vive a cada momento sem que a perspectiva de longo prazo tenha mais sentido.

Jean-Paul Sartre aconselhou seus discípulos em todo o mundo a terem um projeto de vida, a decidir o que queriam ser e, a partir daí, implementar esse programa consistentemente, passo a passo, hora a hora. Ora, ter uma identidade fixa, como Sartre aconselhava, é hoje, nesse mundo fluido, uma decisão de certo modo suicida. Se se pensa, por exemplo, nos dados levantados por Richard Sennett [sociólogo] - o tempo médio de emprego no vale do Silício [localizado na Califórnia, EUA, concentra um grande número de empresas de tecnologia e internet], por exemplo, é de oito meses-, quem pode pensar num projeto de vida nessas circunstâncias?

Na época da modernidade sólida, quem entrasse como aprendiz nas fábricas da Renault ou Ford iria com toda probabilidade ter ali um longa carreira e se aposentar após 40 ou 45 anos. Hoje em dia, quem trabalha para Bill Gates por um salário talvez cem vezes maior não tem ideia do que poderá lhe acontecer dali a meio ano! E isso faz uma diferença incrível em todos os aspectos da vida humana.

Em Liquid Love [Amor Líquido], eu exploro o impacto dessa situação nas relações humanas, quando o indivíduo se vê diante de um dilema terrível: de um lado, ele precisa dos outros como do ar que respira, mas, ao mesmo tempo, ele tem medo de desenvolver relacionamentos mais profundos, que o imobilizem num mundo em permanente movimento.

Folha de S. Paulo: O Senhor poderia discutir os riscos da pós-modernidade?

Zygmunt Bauman: Uma das características do que eu chamo de "modernidade sólida" é a de que as maiores ameaças para a existência humana eram muito mais óbvias. Os perigos eram reais, palpáveis e não havia muito mistério sobre o que fazer para neutralizá-los ou, ao menos, aliviá-los. Era, por exemplo, óbvio que alimento - e só alimento - era o remédio para a fome.

Os riscos de hoje são de outra ordem, não se podendo sentir ou tocar em muitos deles, apesar de estarmos todos expostos, em algum grau, a suas consequências. Não podemos, por exemplo, cheirar, ouvir, ver ou tocar as condições climáticas que gradativamente, mas sem trégua, estão se deteriorando.

O mesmo acontece com os níveis de radiação e poluição, a diminuição das matérias-primas e fontes de energia não-renováveis e os processos de globalização sem controle político ou ético que solapam as bases de nossa existência e sobrecarregam a vida dos indivíduos com um grau de incerteza e ansiedade sem precedentes. É nesse ponto que a sociologia tem um papel importante a desempenhar.

Diferentemente dos perigos antigos, os riscos que envolvem a condição humana no mundo das dependências globais podem não só deixar de ser notados, mas também minimizados, mesmo quando notados. Do mesmo modo, as ações necessárias para exterminar ou limitar os riscos podem ser desviadas das verdadeiras fontes do perigo e canalizadas para alvos errados. Quando a complexidade da situação é descartada, fica fácil apontar para aquilo que está mais à mão como sendo causa das incertezas e ansiedades modernas.

Veja, por exemplo, o caso das manifestações contra imigrantes que ocorrem pela Europa. Vistos como "o inimigo" próximo, eles são apontados como os culpados pelas frustrações da sociedade, como aqueles que põem obstáculo aos projetos de vida dos demais cidadãos. A noção de "solicitante de asilo" adquire, nesse quadro, uma conotação negativa, ao mesmo tempo em que as leis que regem a imigração e naturalização se tornam mais restritivas, e a promessa de construção de "centros de detenção" para estrangeiros confere vantagens eleitorais a plataformas políticas.

Para confrontar sua condição existencial e enfrentar seus desafios, a humanidade precisa se colocar acima dos dados da experiência a que tem acesso enquanto indivíduos. Ou seja, a percepção individual, para ser ampliada, necessita da assistência de intérpretes munidos com dados não amplamente disponíveis à experiência individual. E a sociologia, enquanto parte integrante desse processo interpretativo - um processo em andamento e permanentemente inconclusivo-, constitui um empenho constante para ampliar os horizontes cognitivos dos indivíduos e uma voz potencialmente poderosa nesse diálogo sem fim com a condição humana.

Folha de S. Paulo: Em muitas partes de sua obra o senhor soa nostálgico, às vezes até mesmo do que chama de "modernidade sólida", quando a humanidade aparentemente era menos ansiosa e tinha uma vida mais estável e segura. Concorda com essa interpretação?

Zygmunt Bauman: Eu não diria isso. Não acredito que haja um progresso linear no que diz respeito à felicidade humana. Podemos dizer que, como um pêndulo, nos movemos de tempos mais felizes para tempos menos felizes e de menos felizes para mais felizes. Hoje temos medo e somos infelizes do mesmo modo como também tínhamos medo e éramos infelizes há cem anos, mas por razões diferentes. A modernidade sólida tinha um aspecto medonho: o espectro das botas dos soldados esmagando as faces humanas.

Virtualmente todo mundo, quer na esquerda ou na direita, assumia que a democracia, quando existia, era para hoje ou amanhã, mas que uma ditadura estava sempre à vista; no limite, o totalitarismo poderia sempre chegar e sacrificar a liberdade em nome da segurança e da estabilidade. De outro lado, como Sennett mostrou, a antiga condição de emprego poderia destruir a criatividade humana, as habilidades humanas, mas construía a vida humana, que podia ser planejada. Tanto os trabalhadores como os donos de fábrica sabiam muito bem que eles iriam se encontrar novamente amanhã, depois de amanhã, no ano seguinte, pois os dois lados dependiam um do outro.

Bem, nada disso existe hoje. Dificilmente um outro tipo de stalinismo voltará, e o pesadelo de hoje não é mais a bota dos soldados esmagando as faces humanas. Temos outros pesadelos. O chão onde piso pode, de repente, se abrir como num terremoto, sem que haja nada no que me segurar. A maioria das pessoas não pode planejar seu futuro por muito tempo adiante. Os acadêmicos são ainda umas das poucas pessoas que têm essa possibilidade. Na maioria dos empregos podemos ser demitidos sem uma palavra de alerta. Você chama isso de nostalgia? Não sei...

A questão é que, como já disse antes, aproximando-me dos meus 80 anos, não mais acredito que possa existir algo como uma sociedade perfeita. A vida é como um lençol muito curto: quando se cobre o nariz, os pés ficam frios, e, quando se cobrem os pés, o nariz fica gelado. Mas insisto em que a sociedade que obsessivamente se vê como não sendo suficientemente boa é a única definição que posso dar de uma boa sociedade.

Folha de S. Paulo: Quando e como o senhor abandonou o marxismo? Considera-se ainda um socialista?

Zygmunt Bauman: Nunca abandonei Marx, apesar de minha intoxicação pelo "marxismo realmente existente" ter sido, felizmente, breve; de fato, terminou bem cedo, no momento em que o vi como era: um imenso obstáculo para a recepção e manutenção da mensagem ética de Marx - de que a qualidade de uma sociedade deve ser testada pelo critério da justiça e fair play que regulamenta a coletividade humana.

Eu espero ter o direito de dizer que nunca abandonei essa crença. O mesmo se aplica ao meu socialismo, que, em meu entender, se resume à convicção de que, assim como o poder de carga de uma ponte se mede não pela força média de todos os pilares, mas pela força de seu pilar mais fraco, a qualidade de uma sociedade também não se mede pelo PIB (Produto Interno Bruto), pela renda média de sua população, mas pela qualidade de vida de seus membros mais fracos.

O socialismo para mim não é o nome de um tipo particular de sociedade. É, sim, exatamente como o postulado de Marx de justiça social, uma dor aguda e constante de consciência que nos impulsiona a corrigir ou remover variedades sucessivas de injustiça. Não acredito mais na possibilidade (e até no desejo) de uma "sociedade perfeita", mas acredito numa "boa sociedade", definida como a sociedade que se recrimina sem cessar por não ser suficientemente boa e não estar fazendo o suficiente para se tornar melhor...

Folha de S. Paulo: Quando se acompanha sua carreira, o senhor parece um filósofo que, devido às condições da Polônia do pós-guerra, foi temporariamente desviado de sua vocação, voltando-se para a sociologia. Concorda com essa descrição?

Zygmunt Bauman: Essa seria uma reconstrução justa do que realmente aconteceu e de como eu encarava a situação, mas com uma ressalva. Eu não era um filósofo profissional antes de ter me desviado para a sociologia, como você sugere; nem desejava me tornar um. Antes de me juntar ao Exército polonês e voltar para meu país natal por essa via, eu fiz dois anos de curso universitário de física por correspondência (na Rússia, os estrangeiros não tinham permissão de viver em cidades grandes, onde havia universidades).

Lembro-me de, como tantos adolescentes, me sentir um tanto apavorado e esmagado pelos mistérios e enigmas do universo e de desejar ardentemente dedicar minha vida a desvendar esses mistérios e a solucionar esses enigmas. Meus estudos foram, entretanto, interrompidos pelo apelo das armas quando eu tinha 18 anos, para jamais serem retomados.

Deixando o Exército em 1945, eu me vi novamente numa Polônia arruinada pela ocupação nazista, que se somava a um anterior legado de miséria, de desemprego em massa, de conflitos étnicos e religiosos aparentemente insolúveis e de exploração de classe brutal. Os desafios que meu país confrontava eram, pois, muito maiores do que os do resto da Europa, pois, além de reconstruir fábricas e casas destruídas, semear campos abandonados e colocar a economia de pé novamente, a Polônia exigia uma batalha exaustiva contra uma pobreza sedimentada e contra profundas divisões de classe; a abertura das oportunidades educativas também era tarefa urgente, já que até então estas haviam estado fechadas à grande maioria da nação.

Eu imagino que a crença de que a sociologia poderia melhorar a vida humana ao reformar o meio social no qual esta se conduzia era parte integral do "projeto de modernidade". Eu até mesmo diria que o projeto consistia exatamente nisso. Assim, as pessoas que estavam seriamente empenhadas em levar a sociedade a desenvolver condições mais desejáveis a fim de ser "moderna" - ou seja, mais humana e melhor estruturada para promover a felicidade e dignidade humanas - não titubeavam um instante sobre que tipo de conhecimento deveria ser mais urgentemente adquirido, dominado e colocado em prática.

Certamente teria que ser a "ciência da sociedade", a sociologia, a disciplina que surgira para servir ao "projeto de modernidade". Tal convicção sobre a missão da sociologia e tal fé em seu poder de realizar sua missão deve, sem dúvida, intrigar um leitor contemporâneo, mas somente porque vivemos hoje numa era diferente, quando o mantra do dia não é mais "salvação pela sociedade"; infelizmente o que se ouve agora, como homilias insistentes, é que devemos buscar soluções individuais para problemas produzidos socialmente e sofridos coletivamente.

Folha de S. Paulo: Como foi a experiência de viver no que o senhor descreveu como a "idade áurea", quando as "universidades polonesas tiraram o máximo de vantagem da liberdade ganha nas batalhas do "outubro polonês" [relativa abertura do regime comunista, ocorrida em 1956]"?

Zygmunt Bauman: Foi algo fascinante, diferente de qualquer outra universidade que conheci; diferente, diria, de qualquer vida universitária existente. Há situações de liberdade acadêmica praticamente sem limites, quando todos os tipos de Weltanchauungen [visões de mundo], estratégias de pesquisa, hierarquias de relevância e prioridades, estilos de se contar histórias se encontram, conversam e argumentam. E há também situações em que os sociólogos se movem pelo sentido de urgência, e não somente pela necessidade de completar dissertações a tempo e assegurar uma próxima promoção; urgência de dar sua própria contribuição para a batalha por uma sociedade melhor, mais hospitaleira aos seres humanos e à sua humanidade. E também por uma vocação, uma missão de só se dedicar a isso. O que foi peculiar na situação pós-outubro polonês foi que as duas situações emergiram ao mesmo tempo e continuaram durante algum tempo a coincidir e a se fertilizar reciprocamente.

Esse tipo de combinação entre sentimento de liberdade e de propósito é uma felicidade de que a maioria dos acadêmicos contemporâneos infelizmente carece, quer eles tenham ou não consciência do que estão perdendo. Na maioria dos lugares do mundo a liberdade de expressão acadêmica é completa ou quase completa, somente limitada pelos regulamentos e regras (muitas vezes penosas e até ridículas) da carreira e de outras invenções da burocracia universitária; mas, fora isso, as escolhas são deixadas inteiramente livres para cada um.

Há, no entanto, muito pouco sentido de propósito e particularmente pouco sentido da relevância de seu próprio trabalho para o mundo fora dos muros da academia, como se todos compartilhassem da sina da filosofia lamentada por Wittgenstein, de "deixar o mundo como é". Como muitos sociólogos americanos e também alguns europeus se queixam, os estudos sociais acadêmicos perderam qualquer ligação com a agenda pública. Parece haver poucos, se é que há algum freguês para os modelos de "boa sociedade", que costumava ser a preocupação central e o forte da sociologia com inclinações humanísticas.

As classes educadas não estão mais interessadas na tarefa de ilustração e de elevação espiritual do povo. Os intelectuais pararam, em grande parte, de se definir pela responsabilidade que têm para com "o povo", a nação e a humanidade.

Folha de S. Paulo: O Senhor se referiu aos "muros da academia" como um obstáculo para o pensamento livre. Há alguma esperança para as universidades?

Zygmunt Bauman: O que quer que as universidades façam, elas não conseguirão jamais pôr um fim à curiosidade humana, que talvez tenha que sair da academia para se satisfazer. Se se pensar nas limitações que a organização universitária hoje impõe ao desenvolvimento do pensamento livre, basta olhar para o que acontece com a filosofia e a sociologia tal como são praticadas nos departamentos universitários e em outros "locais de autoridade", ou seja, os lugares em que afirmações reconhecidas como pertencentes a uma dada disciplina podem ser feitas e de onde elas devem ser expressas para serem reconhecidas como tais. Nesse quadro, pois, a filosofia e a sociologia se ligam a interesses intelectuais, estilos de pensamento e modos de argumentação bastante diferentes.

Cada uma dessas duas disciplinas acadêmicas se pretende de posse de grupos distintos de "dados primários" e os processa, interpreta, verifica e refuta de maneiras diferentes. Dominar o cânon, tanto da sociologia quanto da filosofia, e adquirir credenciais oficialmente reconhecidas e confirmadas em cada uma delas toma todo o tempo dos estudantes universitários, e competência em uma dessas disciplinas acadêmicas é raramente exigida para se adquirir o grau na outra.

Posso entender a preocupação dos sociólogos acadêmicos com a circunscrição, as barreiras e a defesa de suas possessões contra os competidores que lutam pela obtenção do dinheiro das fundações e do governo; mas o que não podemos esquecer é que essa preocupação se origina na realidade da vida acadêmica, e não na lógica da experiência humana que a sociologia é chamada a servir.

Folha de S. Paulo: Quão difícil foi para o senhor se ajustar à cultura da Grã-Bretanha, para onde veio com mais de 40 anos?

Zygmunt Bauman: Ajustamento nunca ocupou um lugar prioritário no meu programa de vida. Nesse campo não fui além do básico, isto é, além de aprender o idioma local e me fazer compreensível, evitando os mais crassos "faux pas". Tal como me recordo, ao chegar à Grã-Bretanha não estava particularmente preocupado em esconder, sufocar ou erradicar minha idiossincrasia, em abandonar o que no meu modo de agir e pensar poderia parecer estranho aos nativos. Tornar-me como os outros e me dissolver no plano de fundo não me parecia tarefa nem possível nem especialmente atraente e nunca foi minha intenção.

Como eu via na época, o desafio estava em outro lugar: como revelar para os meus colegas e alunos britânicos o sentido das minhas diferenças e talvez induzi-los a achar algum interesse e uso no que era inicialmente alheio a eles.

"Ajustamento" sugere uma via de mão única. Ao contrário, eu pensava em termos de troca igualitária: o único meio de retribuir a hospitalidade dos meus anfitriões britânicos era oferecer a eles algo que não tinham ainda e não poderiam adquirir a não ser num encontro face a face com um pensamento e modo de agir alternativos; algo novo e diferente, que pudesse, eventualmente, enriquecê-los do mesmo modo que eu tenho me enriquecido com o meu encontro com o cotidiano britânico. Eu, na verdade, desejava ser aceito, mas aceito precisamente pelo que eu era, por minha dessemelhança.

Minha sorte foi que, com essa atitude, eu aterrissei e me estabeleci na Grã-Bretanha. Posso pensar em muitos países em que viver com tal atitude teria sido muito mais difícil e social e espiritualmente custoso. Se alguém deve ser um exilado ou estrangeiro, a Grã-Bretanha é o lugar certo para estar. Pode-se aí esperar boa vontade, tolerância e bastante hospitalidade, com a condição de não querer fingir que é inglês...

Folha de S. Paulo: Em sua obra o senhor se refere frequentemente a romances. O que acha que a literatura pode ensinar sobre a sociedade e sobre a condição humana? Mais especificamente, o senhor confessa ser Borges uma de suas grandes fontes inspiradoras. Poderia nos explicar no que um escritor que parece não tratar especificamente de questões sociais lhe é importante?

Zygmunt Bauman: Devo começar lembrando que meus professores na Polônia nunca se preocuparam com as diferenças entre "filosofia social" e "sociologia propriamente dita"; mas, acima de tudo, eles consideravam os romancistas e poetas como seus camaradas de armas, e não como competidores e, muito menos, como antagonistas.

Eu aprendi a considerar a sociologia como uma daquelas numerosas narrativas, de muitos estilos e gêneros, que recontam, após terem primeiramente processado e reinterpretado, a experiência humana de estar no mundo. A tarefa conjunta de tais narrativas era oferecer um insight mais profundo no modo como essa experiência foi construída e pensada e, desse modo, ajudar os seres humanos na sua luta pelo controle de seus destinos individuais e coletivos. Nessa tarefa, a narrativa sociológica não era "por direito" superior a outras narrativas, pois tinha que demonstrar e provar seu valor e utilidade pela qualidade de seu produto.

Eu, por exemplo, me lembro de ganhar de Tolstói, Balzac, Dickens, Dostoiévski, Kafka ou Thomas Morus muito mais insights sobre a substância das experiências humanas do que de centenas de relatórios de pesquisa sociológica. Acima de tudo aprendi a não perguntar de onde uma determinada ideia vem, mas somente como ela ajuda a iluminar as respostas humanas à sua condição, assunto tanto da sociologia quanto das belle lettres.

O que aprendi com Borges? Acima de tudo, aprendi sobre os limites de certas ilusões humanas: sobre a futilidade de sonhos de precisão total, de exatidão absoluta, de conhecimento completo, de informação exaustiva sobre tudo; sobre as ambições humanas que, no final, se revelam ilusórias e nos mostram impotentes. Lembremos, por exemplo, do conto de Borges que fala sobre o mapa: o sonho do mapa exato que acaba ficando do mesmo tamanho da própria coisa mapeada e, portanto, sem nenhuma utilidade. Não me ocorre nenhum filósofo ou sociólogo que pôde tratar de tais questões tão persuasivamente, tão convincentemente, tão espetacularmente.

Em parte isso se deve à posição muito luxuosa e mesmo invejável de nunca ter sido um acadêmico e de nunca ter estado submetido a uma disciplina. Fora dos muros da academia os romancistas desfrutam da liberdade que é negada, por exemplo, aos sociólogos profissionais, que têm seus trabalhos avaliados pela conformidade destes com os procedimentos que definem e distinguem a profissão, e não por sua relevância humana. Quando se envia um artigo a uma revista científica para ser avaliado por um "par", isso só tem um impacto: reduzir a originalidade ao denominador comum!

Borges nunca teve que se submeter a esse tipo de coisa. Note que os dois cientistas sociais da modernidade realmente interessantes e ainda hoje extremamente tópicos foram Karl Marx [1818-1883] e George Simmel [1858-1918], e eles têm também essa característica comum: ambos eram free-lancers e nenhum deles ensinou nas universidades! Mas, acima de tudo, a maior vantagem da narrativa dos romancistas é que ela se aproxima da experiência humana do que a maioria dos trabalhos das ciências sociais. Elas são capazes de reproduzir a não-determinação, a não-finalidade, a ambivalência obstinada e insidiosa da experiência humana e a ambiguidade de seu significado.

Folha de S. Paulo: O senhor tem sempre enfatizado a necessidade de todos nós "questionarmos ostensivamente as premissas de nosso modo de vida". Teria alguma sugestão a nos dar sobre as respostas a esses questionamentos?

Zygmunt Bauman: Maurice Blanchot [escritor e crítico francês, 1907-2003] disse certa vez, em palavras que ficaram famosas, que as respostas são a má sorte das perguntas. De fato, cada resposta implica fechamento, fim da estrada, fim da conversa. Também sugere nitidez, harmonia, elegância; enfim, qualidades que o mundo narrado não possui. Tenta forçar o mundo numa camisa de força na qual ele definitivamente não cabe. Corta as opções, a multidão de sentidos e possibilidades que toda condição humana implica a cada momento. Promete falsamente uma solução simples para uma busca provocada e impelida pela complexidade. Também mente, pois declara que as contradições e incompatibilidades que provocam as questões são fantasmas - efeitos de erros linguísticos ou lógicos, em vez de qualidades endêmicas e irremovíveis da condição humana.

Creio que a experiência humana é mais rica do que qualquer de suas interpretações, pois nenhuma delas, por mais genial e "compreensiva" que seja, pode exauri-la. Aqueles que embarcam numa vida de conversação com a experiência humana deveriam abandonar todos os sonhos de um fim tranquilo de viagem. Essa viagem não tem um final feliz - toda sua felicidade se encontra na própria jornada.

Folha de S. Paulo: O senhor descreveu modestamente um de seus livros mais recentes como um discussion paper. Diria que é por acaso ou propositadamente que tem se dedicado a escrever ensaios?

Zygmunt Bauman: No curso de meio século de estudos e de escrita nunca consegui adquirir a habilidade de terminar um livro... Com o passar do tempo, eu reconheço que todos os meus livros foram entregues ao editor inacabados.

Em regra, antes mesmo que o manuscrito seja impresso, fica claro para mim que o que me parecia havia pouco como "o fim" era, de fato, um começo com uma sequência desconhecida, mas tremendamente necessária. Por trás de cada resposta percebo que novas questões estão piscando; que mais, muito mais, restou a ser explorado e compreendido e quão pouco, de fato, foi revelado pelo "acabamento bem-sucedido" das explorações passadas. As perguntas mais intrigantes e provocantes emergem, via de regra, após as respostas.

No decurso dos anos aprendi a apreciar a queixa de Adorno [filósofo alemão, 1903-69] sobre a convenção linear da nossa escrita: por causa dessa convenção nós não conseguimos transmitir a lógica do pensamento que, diferentemente da escrita, se move em círculos e está invariavelmente forçada, pelo seu próprio progresso, a fazer perpétuos retornos.

Entrevista concedida à Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, professora aposentada da USP e pesquisadora associada do Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge (Reino Unido), para a Folha de S. Paulo. 



Fonte: Site Fronteiras do Pensamento

Ensino brasileiro precisa de aula de inovação



Em um mundo em que inovar é sinônimo de desenvolvimento, é preciso modernizar o ensino das ciências. Estudiosos e escolas já estão nesse caminho


Uma certeza vem se impondo entre cientistas, economistas e outros especialistas: a capacidade de inovar  – de transformar ideias em produtos rentáveis – tornou-se um fator determinante no desenvolvimento econômico das nações. O Brasil ainda precisa dar um salto nesse campo. Em 2009, por exemplo, o país pediu o registro de apenas 464 patentes nos Estados Unidos, ao passo que a Coreia do Sul, no mesmo período, fez 23.950 requisições. "Nações que investem mais em pesquisa e desenvolvimento e que mantêm um setor produtivo mais inovador registram maiores e melhores indicadores econômicos e sociais", diz Luiz Ricardo Cavalcante, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo especialistas, várias motivos explicam a situação do Brasil – um deles é o baixo investimento de empresas nacionais em pesquisa e desenvolvimento. Mas é certo que parte do problema, de acordo com os mesmos estudiosos, se assenta sobre a educação. O ensino das ciências exatas no país está em descompasso com o mundo do século XXI e não estimula crianças e jovens à pesquisa e, portanto, à invenção. "O Brasil tem um dos menores índices de patentes per capita. Isso é preocupante", diz o brasileiro Paulo Blikstein, engenheiro e professor da Universidade de Stanford. "Somos grandes exportadores de commodities, mas isso não é suficiente. Se não investirmos em conhecimento científico e inovação, não teremos um crescimento sustentável." Não é coincidência, portanto, a relação entre quantidade nacional de patentes e desempenho em avaliações de ensino como o Pisa, patrocinado pela OCDE: os países mais inventivos são aqueles cujos alunos do ensino médio se saem melhor  em provas de matemática e ciências.




Há quase uma década, Blikstein vem descobrindo formas de ajudar não só o Brasil, mas o mundo, a ser mais inovador. Em seu centro de pesquisa no Vale do Silício, região da Califórnia que concentra empresas de alta tecnologia, o brasileiro se dedica a descobrir novas formas de ensinar ciência e matemática. "Se continuarmos formando crianças e jovens que odeiam as ciências exatas, como construiremos uma geração de inovadores?", questiona. "Os grandes cientistas se apaixonaram pela ciência e foram fundo no assunto. Precisamos despertar essa paixão."
O pesquisador não é voz dissonante. É consenso entre especialistas que os números, teoremas e equações estão cada vez mais distantes da vida dos estudantes – e os afasta do conhecimento científico. "O nosso sistema educacional não valoriza a criatividade. As escolas ainda estão preocupadas em formatar o aluno parar as provas. Com um método livresco, a ciência passa a ser inatingível, descolada da vida real", aponta Eduardo Valadares, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autor do livroFísica Mais Que Divertida, que propõe aplicações práticas para as temidas fórmulas que assustam milhões de estudantes.

É certo dizer que o Brasil avançou na última década em matéria de pesquisa e desenvolvimento. Entre 2001 e 2010, dobrou no país o número de mestres e doutores formados, passando de 26.000 para 53.000, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mas esse salto ainda não se reflete em inovação. Atualmente, o Brasil é responsável por aproximadamente 2,5% dos artigos científicos que circulam em periódicos especializados. No entanto, o país só detém 0,1% das patentes do planeta. "O que conseguimos até agora é louvável, mas insuficiente. Só poderemos dar um salto quantitativo e qualitativo que se faz necessário universalizando o acesso à ciência e tornando-a atraente aos olhos dos jovens", resume Marcelo Viana, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
Para isso, especialistas defendem uma mudança radical nos currículos escolares. Os experimentos de Blikstein nos Estados Unidos dão boas pistas sobre qual caminho seguir. Um de seus projetos prevê tornar a inovação uma disciplina curricular. Com um laboratório com tecnologias de baixo custo, ele incentiva estudantes a serem protagonistas de grandes e pequenas transformações. "Há décadas as escolas começaram a introduzir no currículo disciplinas como química e física porque perceberam que era preciso formar mais pessoas nessas áreas. É o mesmo que temos que fazer hoje com a inovação científica", diz.
Recentemente, Blikstein recebeu da National Science Foundation um prêmio de 600.000 dólares para investir nos próximos cinco anos em um outro projeto, que consiste em trazer avanços recentes da tecnologia para a sala de aula. "Ciência não se faz mais só com tubos de ensaio. Atualmente, ela é feita com tubos de ensaio conectados a computadores, que rodam modelos matemáticos. O que eu faço é levar isso para a escola, levar ciência de ponta para o aluno", descreve Blikstein. O prêmio, concedido a jovens docentes, é o reconhecimento de que o incentivo à ciência desde os primeiros anos escolares se faz necessário. Algumas escolas já perceberam isso.

O Brasil tem muito trabalho a fazer. As empresas nacionais investem um quarto do que as americanas investem em pesquisa e desenvolvimento – um dos grandes propulsores da inovação. Outra triste comparação: em 2008, destinamos 0,53% do Produto Interno Bruto (PIB) para aquele fim, ante 2,2%, em média, das nações da União Europeia. Segundo os especialistas, para que essa taxa cresça é preciso mais investimento privado e público. Mas não só. Um ambiente econômico favorável, com taxas de juros mais baixas e um câmbio mais favorável também contribuiriam para um Brasil mais inovador, além de incentivos fiscais e linhas de crédito. "Durante muito tempo, as empresas brasileiras puderam prosperar sem ter que inovar. Com a integração do mundo, a partir da década de 1990, era preciso descobrir como fazer mais e melhor do que outras empresas no mundo", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Mais do que nunca, aprender a inovar é preciso. Que a aula comece cedo.
Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Corrida pelo Idoso

Idosos, seus familiares e amigos estão convidados a participar da 4ª Corrida pelo Idoso, promovida pelo Instituto de Geriatria e Gerontologia. O evento ocorre no dia 18 de setembro, com início às 10h, na Usina do Gasômetro. Ao final da corrida, todos os participantes receberão medalhas e os três primeiros colocados de ambos os sexos, receberão troféus de acordo com a faixa etária, que vai dos 60 anos em diante. Também haverá sorteio de brindes e postos de coleta de roupas e alimentos não perecíveis, que serão destinados a asilos. Inscrições gratuitas até o dia 15/9: 3336-8153 ou e-mail igg@pucrs.br.

Inscreva-se na Corrida pelo Idoso, a ADPPUCRS é parceira dessa ideia!

Participe do Piquete Querência Pastoral

O Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS montou o tradicional Piquete Querência Pastoral, ao lado do prédio 17 do Campus (Colégio Marista Champagnat), para comemorar a Semana Farroupilha. O objetivo é promover a integração da comunidade universitária.

Nesta sexta-feira, 9 de setembro, haverá uma Missa Crioula, no Piquete, e após um jantar por adesão (ingressos na secretaria). Na próxima segunda-feira, dia 12, às 18h, será realizado o Sarau Cultural, com inscrições abertas para declamadores, cantores, etc. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3576 ou no site www.pucrs.br/pastoral.

Prefeitura e PUCRS assinam termo para pontes na Ipiranga

Mais duas pontes serão construídas sobre o Arroio Dilúvio, na Avenida Ipiranga, em frente à PUCRS. O termo de compromisso foi assinado na tarde da sexta-feira, 9, no Paço Municipal (Praça Montevidéu, 10), pela prefeitura de Porto Alegre e pela PUCRS. As pontes facilitarão o acesso à Universidade e ao Hospital São Lucas e encurtarão a distância dos retornos na Ipiranga, facilitando a mobilidade na região.

Uma ponte com três faixas será utilizada pelos veículos que circulam no sentido centro-bairro, dando acesso ao hospital e possibilitando o retorno dos veículos, antes da Cristiano Fischer. A outra travessia terá três faixas para o retorno dos motoristas que circulam no sentido bairro-centro, antes da Salvador França. As duas obras serão contrapartidas para reduzir o impacto no trânsito provocado pela construção do Instituto do Cérebro (prédio 63) e do Centro de Modelos Biológicos Experimentais (Cembe, prédio 65) da Faculdade de Medicina da PUCRS.

Estiveram presentes para a assinatura do termo, o Reitar da PUCRS, Joaquim Clotet, o prefeito José Fortunati, o procurador-geral do município, João Batista Linck Figueira, o secretário do Planejamento Municipal, Márcio Bins Ely, e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação, Vanderlei Cappellari.




Entrada no Mundo PUCRS

Curso para novos docentes apresenta a filosofia da universidade

Os professores que ingressam na PUCRS têm a oportunidade de conhecer diversos aspectos da Instituição num curso preparado especialmente para eles. Docência na Educação Superior – Novos Docentes – faz parte do Programa da Aula Universitária na PUCRS e é realizado desde 2007. Os encontros apresentam desde o espaço físico da Universidade até a forma de avaliação proposta por ela.

O curso é dividido em dois módulos. O primeiro aborda princípios filosóficos e pedagógicos que orientam as aulas na Instituição, promove um encontro com a Administração Superior, uma atividade com o Centro de Atenção Psicossocial e cinco reuniões coordenadas pelo Núcleo de Tecnologias Educacionais, da Pró-Reitoria de Graduação – Prograd. Essa etapa os capacita a utilizarem o Moodle e ferramentas virtuais de disciplinas semipresenciais.

Segundo a professora Valderez Lima, supervisora acadêmico-pedagógica da Prograd, “alguns professores não têm experiência docente ou vêm de outras instituições, cujos referenciais podem ser distintos dos nossos; então é importante que eles conheçam as concepções norteadoras do trabalho pedagógico na PUCRS.”

Luís Evandro Hinrichsen, da Faculdade de Filosofia, concluiu o módulo 1 no primeiro semestre de 2011. Para ele, o encontro com outros colegas foi importante. “Apesar de cada curso ter algumas características muito próprias, os professores têm questões em comum para discutir. Compartilhamos preocupações, ansiedades e expectativas e aprendemos juntos a trabalhar com elas”, relata. Vandoir Stormowski, professor da Faculdade de Matemática – Famat, também concluiu o primeiro módulo e afirma que a oportunidade de conhecer a Instituição e confraternizar com oscolegas foi interessante. “Eram pelo menos três docentes da Famat e foi bom trocar experiência com eles e com professores de outros cursos, pois isso sempre agrega  conhecimento”, completa. Stormowski trabalha com tecnologia  na educação e pode aprender como a PUCRS faz uso  de ferramentas virtuais. “Eu já conhecia o Moodle, por  exemplo, mas pude ver as melhores formas de utilizá-lo  aqui, pois os ministrantes do curso relataram as experiências que mais funcionam com os alunos”.

O segundo módulo do curso é desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação. Os recém- -chegados à PUCRS cursam a disciplina de Metodologia do ensino superior na Faculdade de Educação. Cinco vagas de cada turma são reservadas para os novos docentes, que são isentos do pagamento dos créditos. Valderez destaca que esse módulo “trabalha a concepção de aprendizagem, de ensino, procedimentos didáticos e avaliação”. Na disciplina, entre outros assuntos, estudam-se quais formas de discussão e ensino refletem maior aprendizado para cada tipo de conteúdo.

Fabiano Menke, professor da Faculdade de Direito desde 2010, afirma que os encontros do segundo módulo geraram muita reflexão a respeito das suas aulas. “Amadureci a questão das exposições dialogadas. Sempre acreditei que a metodologia de tornar o aluno mais participativo fosse boa, mas aprendi as melhores formas de fazer isso”, relata. Além disso, Menke também observa a importância da troca com outros alunos e novos docentes durante a disciplina. “Discutimos o perfil dos estudantes e nosso papel como educadores”.
Gisele de Carvalho está aplicando em suas aulas, na Faculdade de Enfermagem, o que aprendeu em Metodologia do ensino superior. “Estou utilizando uma técnica de elaboração de slides no PowerPoint que os deixam menos monótonos”, conta. Na opinião de Gisele, as duas etapas do curso são importantes para o professor que está chegando à Universidade. “Toda a acolhida e apresentação da Instituição foram importantes para adaptação e compreensão da filosofia da PUCRS”.


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Programação de Cinema


Confira a programação do Unibanco Arteplex, válida de 02 08 de setembro, escolha um filme e adquira seu ingresso na ADPPUCRS!

        
A Alegria
Sinopse: Luiza tem 16 anos e não aguenta mais ouvir falar no fim do mundo. Em uma noite de Natal, seu primo João desaparece nas ruas da Baixada Fluminense. Sozinha, meses depois, em seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro, Luiza recebe uma estranha visita no meio da noite. É quando coisas novas e fantásticas começam a acontecer.

                 
A Árvore da Vida
Sinopse: A Árvore da Vida aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum, e expande a ótica desta rica relação, ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos, em uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios, que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão.
          
        
Além da Estrada
Sinopse: No Uruguai, o argentino Santiago está em busca de um terreno herdado dos pais, falecidos há um bom tempo. Casualmente ele conhece Juliette, uma moça belga que procura um antigo amor. Eles viajam juntos pelo país e, ao longo do caminho, se tornam cada vez mais próximos. Quando chegam a Punta del Este, o universo de Santiago se torna um empecilho para o relacionamento dos dois.

          
        
Amor a Toda Prova
Sinopse: O quarentão Cal Weaver tem a vida dos sonhos: bom emprego, boas condições de vida, é casado com seu amor da adolescência, filhos bem comportados... Mas essa vida perfeita desaba depois da descoberta de que Emily, sua esposa, está tendo um caso e quer divórcio. Desamparado, Cal conhece Jacob Palmer, um cara que vai ensiná-lo a ter estilo, beber e paquerar mulheres.

        
Assim é, Se Lhe Parece
Sinopse: O artista plástico Nelson Leirner revela-se neste documentário despojado da rotina e intimidade de um criador iconoclasta. “Eu não queria ser artista, eu não queria ser nada” afirma ironicamente ao relembrar sua trajetória. Avesso à formação e aos preceitos tradicionais das academias de arte, se apropriou com liberdade e sem preconceitos das informações e ferramentas que lhe serviram para a criação artística.

                 
Daquele Instante em Diante
Sinopse: O Nego Dito Itamar Assumpção em um documentário que percorre sua trajetória musical, desde os anos da vanguarda paulista na década de 1980 até a sua morte aos 53 anos. Com depoimentos daqueles que conviveram com o artista, o filme reúne uma seleção de imagens raras garimpadas em acervos e arquivos particulares, mostrando sua presença antológica nos palcos e os momentos de intimidade entre os amigos e familiares.

          
Esses Amores
Sinopse: Ilva é uma mulher que se apaixona facilmente. Desatenta e despreocupada com como seu amor pode ser visto pelos outros, ela se vê presa as conseqüencias de seus atos. Primeiro na França dominada pelos Alemães, ela se apaixona por um nazista, o que indiretamente leva a morte de seu pai. Para muitos, sua relação era vista como uma colaboração com os nazistas. Seu próximo amor, no entanto, traz mais tragédia. Durante a libertação da França em 44, quando ela é violentamente obrigada a responder sobre sua relação com a Alemanha, ela é salva por dois soldados americanos, um branco e um negro. Ela então se apaixona pelos dois, ao mesmo tempo. Sua incapacidade de escolha entre eles cria conflitos, tristezas e assassinato. O filme combina História, música, um pouco de amor surreal, paixão e destino.

          
        
Ex Isto
Sinopse: Um filme livremente inspirado na obra Catatau, de Paulo Leminski. O poeta imaginou uma hipótese histórica: - E se René Descartes tivesse vindo ao Brasil com Maurício de Nassau? Interpretado por João Miguel, o personagem envereda-se pelos trópicos, selvagem e contemporâneo, sob o efeito de ervas alucinógenas, investigando questões da geometria e da ótica diante de um mundo absolutamente estranho.

          
        
Lanterna Verde
Sinopse: Hal Jordan é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade. É assim que mantém a amizade com Carol Ferris, colega de infância e também piloto, que está prestes a assumir o comando da empresa do pai. Hal e Carol tiveram um caso no passado, que não seguiu em frente por causa dele. Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur. O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde, tendo condições de moldar a luz verde da forma como sua imaginação permitir. É apenas o início da jornada do herói, que viaja até o planeta Oa para aprender a usar suas novas habilidades e tem como grande teste o temido Parallax.

          
        
Medianeras
Sinopse: Mariana, Martin e a cidade. Os dois vivem na mesma quadra, em apartamentos um de frente para o outro, mas nunca conseguem se encontrar. Eles se cruzam sem saber da existência do outro. Ela sobe as escadas, ele desce as escadas; ela entra no ônibus, ele sai do ônibus. Eles frequentam a mesma videolocadora, sempre com um stand de filmes os separando. Eles sentam na mesma fileira em um cinema, mas a sala é escura. A cidade que os coloca juntos é a mesma que os separa.

          
        
O Homem do Futuro
Sinopse: Zero é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado publicamente na faculdade e perdeu Helena o grande amor de sua vida. Certo dia, uma experiência acidental com um de seus inventos faz com que ele viaje no tempo, mais precisamente, ao passado. Depois da chance de mudar a sua história, Zero retorna ao presente totalmente modificado e se descobre um tremendo canalha, o que só o afastou ainda mais de Helena. Agora, sua chance é voltar novamente no tempo e impedir que ele mesmo altere o presente.

          
        
Onde Está a Felicidade?
Sinopse: Até onde você iria para ser feliz? Nessa deliciosa comédia, a chef de cozinha Teodora embarca em uma jornada de descobertas que farão dela uma nova mulher. Crises no amor e na vida profissional a levarão - junto com o amigo Zeca e a espanhola Milena - à percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, cenário ideal para encontros, reencontros e aventuras.

        
Os Smurfs
Sinopse: Gargamel descobre o povoado mágico dos Smurfs e faz com que eles se dispersem na floresta. Desastrado pega o caminho errado e, seguido por outros, entra na gruta proibida que os leva para o Central Park. Voltar para casa é cada vez mais complicado, já que Gargamel os persegue, por isso, os Smurfs resolvem se esconder e são protegidos por um casal.